Iskizhôfrennia

[Ouvindo "Me dá um olá" do acústico do Ultraje a Rigor, as 22:40 horas do dia 08 de Março de 2014]

A vida é algo absurdo de doido, estranho e simplesmente sem explicação. E além dela ser inexplicável, ela nos prega algumas peças que nos deixa muito mais confuso que costumamos ser.

Tudo começa em meados de 2000 e 2001 em uma feira de ciências. Olhares são trocados porém da parte de um, aquele olhar não pareceu algo tão importante como a preocupação de outras coisas mais banais, como a sua coleção imensa de revistas de histórias em quadrinhos. (Tão nerd né? )

O mais bacana que dias após, aquela troca de olhares tinha ganhado força através de terceiros. Digamos que foi um empurrãozinho pra tornar o que parecia muito e muito distante em algo muito mais próximo. E não é que aproximou?

O que tinha sido apenas uma imagem difusa iluminada por jogos de luzes em um laboratório de informática regado a muito som alto, tinha tornado algo silencioso e de cores definidas. As primeiras palavras foram proferidas, a simpatia consolidada, algo maior do que poderia imaginar tinha surgido e que mal tinham a noção que tudo aquilo poderia marcar suas vidas.

Parecia que viria algo muito bonito e intenso a partir daquele primeiro contato, foi alimentado o sentimento porém de maneira que ainda não há explicação, não houve a correspondência necessária que fizesse com que todo aquele cenário evoluísse pra outros patamares.

A vida seguiu pra ambos, cada um foi viver a sua vida. Parecia que era o fim daquela história.

Parecia...

Não compreendo como é que funciona o nosso cérebro em relação as nossas memórias e lembranças. Como são armazenadas, organizadas ou seilá. Mas conforme a história que vem a seguir, creio que elas devem ficar em algum canto guardadas ou escondidas e mesmo que estejam todas empoeiradas é possível alguém aparecer na sua vida, tirar tudo o que tem na frente e trazer a tona aquela lembrança. Pois é isso que aconteceu!

E por motivo que eu ainda desconheço, a vida deu um jeito de nossas histórias cruzarem novamente após 13 anos. Aparentemente no início foi algo trivial, sem pretensão alguma, como se não quisesse alguma coisa e apenas desejando que a outra pessoa se encontrasse muito bem.

A curiosidade reviveu aquela memória. Aquela lembrança de anos e anos atrás deu as caras. Mas o seu ressurgimento foi algo totalmente diferente do início dos anos 2000. Desta vez tem sido algo tão intenso, tão forte, tão sublime que me foge as palavras pra definir como me sinto e o que eu sinto.

Mas me esforçando e tentando expressar tudo isso, me vêem a mente: Carinho, desejo, prazer, ternura, sinceridade, curiosidade, honestidade, simpatia, paixão ... Mas quando eu deixo de ser mais lógico e racional para me tornar mais passional, só me vem uma única coisa em minha cabeça: Quero você!

[Ouvindo "Ciúme" do acústico do Ultraje a Rigor, as 23:09 horas do dia 08 de março de 2014]